terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Impermeabilização de Fundação

Impermeabilização x Fundação



Todos nós sabemos a importância que água tem na nossa vida, mas quando se trata de estruturas e de edifícios, a água pode ser muito danosa quando em contato com locais onde não deveriam. Um bom exemplo são as fundações, que caso não tenham a correta impermeabilização podem apresentar vários problemas, desde danos na pintura até sérias complicações respiratórias.

Os alicerces, vigas baldrames ficam expostas a constante umidade do solo, tal umidade pode variar de local para outro em função de vários fatores. Caso tais vigas não tenham a correta impermeabilização pode ocorrer o fenômeno da umidade ascendente, que é a ascensão da água pelos capilares existentes no concreto, argamassa e alvenaria. Desta forma a água em contato com a viga baldrame sobe pelo concreto e alvenaria podendo atingir alturas de até 1,50 m.

É importante especificar um sistema impermeabilizante de comprovada eficiência, e se atentar para os detalhes de aplicação.

Dentre os sistemas impermeabilizantes mais utilizados em fundações podemos destacar as argamassas poliméricas, mantas asfálticas aplicadas a frio ou a quente, emulsões acrílicas, emulsões asfálticas, soluções asfálticas, cristalizantes e etc.

Qualquer um dos sistemas mencionados acima passa por etapas básicas.



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                                Danos causados pela umidade no rodapé   






Escolha do sistema impermeabilizante



Determinante no sucesso da impermeabilização é a escolha correta do sistema a ser utilizado. Podemos dividir todos os sistemas impermeabilizantes em flexíveis e rígidos, desta forma optando por um sistema rígido a fundação não poderá possuir deformações que acarretem o aparecimento de fissuras no impermeabilizante e conseqüente abertura para passagem dos fluídos. Já os sistemas flexíveis suportam maiores deformações sem o aparecimento de fissuras. Outro ponto a ser observado são as condições da obra, ou seja, para escolha do sistema de manta asfáltica aplicado a quente é necessário a existência de mão de obra especializada o que talvez não seja possível, entretanto este sistema apresenta uma grande velocidade na execução, item que pode ser fundamental na escolha.



Preparação da superfície



Antes de receber o sistema impermeabilizante a superfície deve ser preparada, ou seja, estar limpa, sem partes soltas, isenta de óleos, isenta de desformantes, seca, regularizada e etc. Regularizar a superfície significa deixá-la uniforme, ausente de falhas de concretagem, sem a presença de quinas vivas, sem juntas de alvenaria com ausência de argamassa. A regularização deve ser executada com argamassa de areia, cimento e aditivos em traço compatível com as condições de aplicação.

Para produtos de base asfáltica como mantas, emulsões e soluções antes da aplicação é necessário a imprimação da superfície. O mercado oferece primers a base d’água e base de solvente, ambos devem possuir a mesma eficiência na promoção da aderência. Um erro muito comum encontrado nesta etapa é a utilização do primer como impermeabilização definitiva.



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Regularização do embasamento


 


Aplicação



Após a preparação da superfície se inicia a aplicação propriamente dita. Cada sistema apresenta formas específicas de aplicação, basicamente podemos dividir em pré-moldados e moldados in loco.

Os sistemas moldados in loco são aplicados na forma de pintura, nesta etapa deve-se levar ao pé da letra a recomendação do fabricante. Por exemplo, caso o fabricante recomende 3 kg/m² deve ser respeitado o consumo, independente do numero de demãos. Na obra se fala muito em número de demãos o que pode levar a um erro de aplicação, pois, 3 demãos não significam necessariamente 3 kg/m². Outro ponto a se observar é o tempo de secagem entre as demãos, alguns produtos exigem a cura completa entre uma demão e outra, ao passo que alguns é exatamente o contrário, não se deve esperar a cura. No caso de produtos a base de cimento é necessário realizar a cura úmida com intuito de evitar fissuras.

Os sistemas pré-moldados podem ser aderidos a quente, aderidos a frio, ou simplesmente dispostos sobre as vigas baldrames. A vantagem de tal sistema é a espessura constante, não ficando atrelada a um controle rigoroso do consumo de produto, bem como a velocidade de execução, pois, independe de secagem. A impermeabilização deve envolver a viga baldrame de forma não permitir a ascensão da umidade.

Depois de concluída a aplicação pode-se iniciar a alvenaria, tomando os devidos cuidados com o trânsito de pessoas e equipamento sobre as vigas impermeabilizadas. Após tanto cuidado não é desejável que a impermeabilização seja rompida por mero descuido.

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Cura úmida para produtos a base de cimento    

 

 

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Movimentação da terra antes  da impermeabilização

 


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   Detalhe do cuidado com a impermeabilização



Correção do problema já instalado



Todos os sistemas descritos acima podem ser utilizados na fase da construção, ou seja, quando ainda não se iniciou a alvenaria, é uma impermeabilização preventiva.

Entretanto no caso de já existir a patologia, o tratamento se restringe a alguns sistemas impermeabilizantes, que suportem a pressão que atua atrás do sistema (pressões negativas). Alguns sistemas utilizados são as argamassas poliméricas, cristalizantes, etc. Esta solução pode não ser suficiente, pois como a água ficará atrás do impermeabilizante ela poderá “correr” para outra parede que não apresentava o problema, ou então subir um pouco mais do que o impermeabilizante danificando a parede.

Para a correção deve-se remover todo o revestimento danificado pelo menos meio metro acima do local máximo aonde a umidade chegou, preparar a superfície e aplicar o sistema resistente a pressão negativa. Em algumas situações como a de tijolos maciços é possível utilizar cristalizantes injetados na própria alvenaria através de furos.

Assim fica óbvio que o custo menor é o da impermeabilização preventiva.

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                                 Patologia instalada                    Remoção do reboco danificado

 

                                       

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Regularização                            Impermeabilização



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 Acabamento concluído


 

Erros comuns



Durante a impermeabilização das fundações os erros mais comuns são:

- Escolha do sistema inadequado;

- Falha na preparação da superfície;

- A inobservância das instruções do fabricante no momento de preparação do produto como adicionar água sem necessidade, não homogeneizar adequadamente, não seguir a proporção adequada dos produtos constituintes e etc;

- A falsa idéia que o impermeabilizante é uma pintura, sem preocupação com a espessura;

- Consumos muito abaixo da recomendação do fabricante.

- Tempos de cura em desacordo com as instruções do produto;

- Falhas nas emendas dos sistemas pré-moldados;

- Falta de cuidado com as vigas impermeabilizadas, o que acarreta em furos que comprometem a estanqueidade;

- O descuido com o nível do contrapiso, que em alguns casos tem o arremate acima do nível da viga baldrame impermeabilizada, favorecendo a passagem da umidade do contra piso para parede sem passar pela viga;
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Erro na impermeabilização do alicerce

 

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Impermeabilização somente nas laterais da viga

 

 

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  Produto ineficiente usado para impermeabilização

 

 

Fonte - http://www.ibisp.org.br/?pagid=vrevista_obra&id=16

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